Inteligência Consciencial
Inteligência Consciencial – uma nova palavra para muitos dos leitores.
Na verdade, as palavras nada significam até que possamos identificar uma experiência interna à qual as possamos associar.
O desconhecido é sempre vivido como um misto de curiosidade, receio, entusiasmo, dúvida, uma mistura “mística” que promete, mas não se compromete, até ao momento derradeiro do abrir do véu…
Falamos, hoje em dia, de vários tipos de inteligência. Apesar de negligenciado, ao longo dos últimos séculos, o reconhecimento do importante papel da consciência na aventura humana, está a tornar-se, cada vez mais evidente.
O seu poder e presença abraçando tudo o que jamais podemos pensar, sentir, fazer ou viver, surge como uma das descobertas mais fulminantes dos últimos tempos.
Os cientistas começam a considerar a importância da consciência na vida das pessoas, a todos os níveis. A criação da realidade pessoal e coletiva não seria possível se a consciência não alavancasse todos os processos criativos e ativos nas sociedades e no indivíduo.
Ser inteligente consciencialmente significa ter a capacidade de estar consciente de si mesmo, a tempo inteiro, não como um conceito, mas como uma verdadeira experiência interna.
Estar consciente de que estamos conscientes ultrapassa o uso comum que damos à presença da consciência.
Sabemos que temos “consciência” do que se passa, quando alguém ou alguma coisa nos chama à atenção, mas, estar consciente de que somos seres conscientes, pode fazer a diferença entre permanecer no hipnotismo da repetição de padrões e modelos adquiridos e redesenhar a mentalidade interna e o seu desempenho na vida externa.
Existe um estado de consciência muito mais inteligente e genial, ainda desconhecido da maioria dos seres humanos, para além daquele em o adormecimento criado pelos hábitos de pensamento e rotinas instaladas na nossa vida, vive a vida por nós.
Nesse outro estado, as oscilações, os movimentos, as sensações, as imagens, os sons, os objetos, bailam, dançam, surgem e desaparecem, estão e não estão e passam a submeter-se a uma vontade e a um propósito mais sábio e inteligente que os dirige para novos destinos.
A velha pergunta que sempre se pôs ao ser humano: quem sou eu?… volta a ter toda a pertinência, nos dias de hoje.
Cansados de uma vida limitada e repetitiva, continuamos na busca de saídas que façam jus ao potencial imenso que temos como seres humanos.
O maior recurso do mundo, do planeta, são os seres humanos.
Sem eles a vida na Terra não seria palco de civilizações, culturas, aventuras e descobertas que fazem deste planeta uma estação maravilhosa onde podemos desfrutar de possibilidades incríveis que dão vida a mundos e a criações que nos deleitam e encantam.
O que mudaria se a forma como nos vemos mudasse radicalmente?
A Inteligência Consciencial permite uma transformação radical na maneira como nos vemos, sentimos, percebemos e, sobretudo, ao propósito que damos à vida como humanidade e como seres humanos.
O passo seguinte na evolução da humanidade passa por uma poderosa expansão da consciência de Quem Somos.
Essa abertura transformará a nossa relação com o imenso universo de um TODO que desconhecemos e, sem o qual, este passo não faria sentido.
A Inteligência Consciencial vai aumentando à medida que praticamos exercícios que nos ajudam a ganhar maior consciência sobre cada momento presente e sobre os mecanismos automatizados que controlam o desempenho de cada minuto do nosso dia-a-dia.
Que mudanças acontecem quando nos tornamos um observador consciente daquilo que parecia ser a “nossa” vida?
O distanciamento criado irá permitir-nos consciencializar que somos algo para além da soma das experiências e de uma sequência de anos, ao longo dos quais elas se sucederam e que o valor e significado da nossa vida não é mais refém das memórias químicas que ficaram retidas no nosso corpo.
O impacto de tal consciência permite que libertemos da mente milhões de limitações, crenças e atitudes com as quais temos vivido, emparedando-nos em possibilidades restritas e limitadas.
A explosão consciencial acontece quando a inteligência desperta para o seu êxtase criativo e o Ser toma as rédeas, conquistando de volta o poder de criar e desfrutar do verdadeiro conhecimento e da unificação total com o TODO do nosso Ser.
O acordar vai acontecendo na medida em que ousamos espreitar para dentro de nós mesmos e tomar consciência daquilo que sempre esteve presente, mas ausente da nossa consciência.
Quando refletimos sobre algo ou descrevemos uma experiencia ou situação, não percebemos que estamos consciente de algo que não está presente, naquele momento, mas, apenas em arquivo de memória.
Sem a consciência não seríamos capazes de o fazer.
Porém, estarmos conscientes de forma não consciente, não permite que possamos tirar partido de todo o nosso potencial.
Ganhar consciência de que somos conscientes, a cada instante, desbloqueia a mente do habitual estado “condicionado” ou “adormecido”.
As decisões, escolhas e os pensamentos que se tornam conscientes são, apenas, uma pequena parte de toda a informação que o não consciente articula.
Antes de virem à consciência são selecionadas, escolhidas e dirigidas pela atividade não consciente. Cada pensamento serve um propósito na mente. O que pensamos ser uma decisão do momento, feita conscientemente, é, a maioria das vezes, algo que foi decidido segundos antes pela nossa atividade mental não consciente.
A descoberta destes mecanismos levou-nos a perceber que a maior parte da informação que, conscientemente, articulamos, foi escolhida previamente pela mente não consciente.
Quais são os critérios que levam a mente a selecionar esta ou aquela informação e a apresentá-la ao consciente?
Segundo o Dr Joe Dispenza, existem 3 propósitos fundamentais: o corpo, o tempo e o ambiente, qualquer deles sempre com o objetivo de fundo de assegurar a nossa proteção e a sobrevivência física, emocional e mental.
Num ciclo repetitivo, a nossa mente consciente vai recebendo as decisões, as escolhas e os pensamentos que melhor servem as necessidades do momento, de acordo com um ou mais dos três critérios acima descritos.